Escondidas entre encostas montanhosas de verdejante vegetação, as aldeias de xisto são um dos nossos segredos mais bem guardados, mas que os seus simpáticos e afáveis habitantes gostam de ajudar a revelar.

Neste mundo mágico, onde o tempo passa mais devagar, as gentes hospitaleiras têm sempre tempo para receber os visitantes e para partilhar as suas histórias, ofícios e tradições. Tal como nós gostamos de saborear as suas delícias gastronómicas, feitas a partir de receitas passadas de geração em geração! Ou levar connosco um artigo feito à mão em linho ou madeira, no qual os artesãos locais colocaram todo o seu saber.

Esta terra também tem castelos preservados que parecem sair da névoa, diretamente dos contos de fadas, e museus e monumentos que testemunham como era a vida há muitos anos atrás.

Mas muito do seu encanto está na natureza pura. Nas praias fluviais de águas cristalinas onde se pode passar momentos de descontração. E nas florestas que pode descobrir a pé, seguindo os “Caminhos do Xisto”, ou nos trilhos de bicicleta definidos pelos Centros de BTT, de acordo com vários níveis de dificuldade, e que também dão apoio aos ciclistas. Existem ainda outras alternativas de desportos radicais como a canoagem, a escalada, o rapel e os escorregas de corda.

Photo: Praia Fluvial nas Aldeias do Xisto © Turismo do Centro

As 27 aldeias espalhadas pelas serras da Lousã e do Açor, e bem perto da Serra da Estrela, são designadas por aldeias de xisto, porque esta é a pedra utilizada na construção das casas e é abundante na região. As várias tonalidades desta rocha, também utilizada na pavimentação das ruas estreitas e sinuosas, misturam-se perfeitamente com as cores da paisagem natural e nem sempre é fácil distingui-las. Mas vale a pena tentar.